Quando falo de Deus, estou falando sobre a fonte de toda a verdade, seja qual for o rótulo que ela contenha, seja quem a pronuncie ou onde quer que ela seja encontrada – num laboratório ou numa catedral, no barzinho da esquina ou em Marte.
Isso é importante porque, para muitos, em algum ponto do caminho a realidade foi dividida entre o secular e o sagrado, o religioso e o banal, o santo e o comum – ficando subentendido que se pode falar de um ou de outro mas não de ambos ao mesmo tempo.
Esse entendimento des-integrado da realidade — aquele que coloca Deus de um lado e não do outro, aquele que divide o mundo em dois compartimentos — é letal, nos desliga das profundezas e nos separa da fonte.
Porque às vezes precisamos de um médico, às vezes precisamos de um poeta. Às vezes precisamos de um cientista, e outras vezes precisamos de uma canção.
(Rob Bell, no livro Do que nós estamos falando quando estamos falando sobre Deus)