O Relógio do Juízo Final foi adiantado em 30 segundos essa semana e agora está a dois minutos da meia-noite, horário que representa o fim do mundo. É o que diz o Boletim dos Cientistas Atômicos da Universidade de Chicago. Parece o nome de uma banda do colégio mas trata-se de um grupo de estudiosos que desde 1947 se dedica a calcular, simbolicamente, o estágio em que estamos de destruir a Terra em uma guerra nuclear.
Até semana passada, estávamos a 2:30 minutos do apocalipse, mas fomos rebaixados pelos acadêmicos dado o risco iminente de uma guerra entre EUA e Coreia do Norte e também, alegam, o baixo esforço que nossa espécie tem feito para lidar com as questões relativas às mudanças climáticas.
E aí, me peguei pensando, e se o mundo acabasse amanhã? Ou melhor, se tudo acabasse daqui a pouco, caso Trump e Kim Jong-un levassem a cabo suas promessas e projetos nucleares. Eu lia a notícia sentado no refeitório enquanto mastigava um sanduíche. Infelizmente, perdi a habilidade de fazer refeições sozinho sem mexer no celular, então gasto esse tempo para me atualizar sobre o noticiário cotidiano (mas, nota-se que não me alimento com nada de muito útil).
Em segundos, notícia e pergunta suscitaram minha capacidade inata de dispersão e debates mentais sobre o fim do mundo ocuparam meu universo de possibilidades. Caramba, e se o mundo acabasse mesmo amanhã ou depois?
(… continua no Estadão)