por Luiz Henrique Matos
Hoje, eu mexia lá na minha estante de livros à procura de alguma inspiração para a próxima leitura. Mas, estranhamente, nenhum daqueles na prateleira dos “cristãos” parecia me interessar (isso porque, para facilitar minhas decisões, procuro ler o primeiro capítulo de cada livro que compro ou ganho para definir a sequência certa das próximas leituras – é, também acho que tenho TOC).
A verdade é que já faz um tempo que perdi o interesse por esses debates teológicos e as correntes de pensamento do cristianismo (já falei disso antes – aqui). Ao menos por um tempo, não quero ler o que esses caras pensam sobre Deus e as coisas da igreja. Não estou interessado em defesas de tese e outras questões periféricas da fé.
Mas sinto a necessidade, cada vez maior, de conhecer a Deus. Quero amá-lo e cumprir cada sonho seu que arde em meu peito, quero me apaixonar pelo que faz com que seus olhos brilhem e travar a mais cruel das batalhas contra o que lhe desperta ira. E acho que isso passa por aprender a amar as pessoas.
Eu preciso aprender a amar o meu semelhante – e acho que esse é o foco da vida no momento. Sem as teorias de sempre, de um jeito sincero e real. Quero viver a minha espiritualidade de um jeito mais simples e essencial. E quero ler a Bíblia a partir da ótica dessa nova experiência. Não ao pé da letra, como fiz na maior parte do tempo, mas com o encanto das histórias de homens e mulheres, imperfeitos, inconstantes, mas santificados pelo mesmo Deus que me resgatou.
Então, parei de novo diante da estante e saquei um romance que aguardava empoeirado na prateleira de cima.