Don’t worry – uma música para o sábado

Do lindo projeto “Playing for change”

Versos infantis – a filial

Já se passaram dois anos desde que a experiência da paternidade mudou a minha vida. E se mudou tanto em casa, em mim, na maneira como encaro a vida e no resto das coisas todas, é evidente que mudaria também algumas coisas na maneira como me expresso. E esse blog é a forma mais pública e transparente dessa expressão.

Por isso, desde o nascimento da Nina, textos sobre paternidade, pequenos poemas e crônicas da vida doméstica começaram a ser publicados aqui também. E foi justamente daí que surgiu uma ideia nova. A Manú e eu juntamos corujice, a dinâmica e a interatividade da internet e a coleção de frases de crianças que ela mantinha num caderno há um tempão e montamos um blog novo, o Frases de crianças.

Ainda estamos testando alguns recursos, mas já está bem bonitinho. A ideia é publicar as frases, vídeos e cenas engraçadas dos nossos pequenos. E quando falo “nossos”, falo de todos mesmo. A intenção é ter um blog colaborativo, com conteúdo e textos enviados pelas pessoas que passarem por ali.

Veja algumas pérolas da categoria “Orações” (só pra manter a linha cristã por aqui):

“Querido Jesus, em vez de você fazer as pessoas morrerem e aí criar novas pessoas, por que você não fica com as que já tem?”

“Pai nosso que estás no céu, ave-maria cheia de graça, santificado seja o ouviram do Ipiranga as margens plácidas…”

O endereço é: http://frasesdecriancas.blogspot.com.

E se você quiser colaborar, deixe lá um comentário, siga o blog no Twitter (twitter.com/frases_criancas) ou escreva para o email frasesdecriancas@gmail.com.

Nos vemos por lá também.

Conchas (Rob Bell)

Um dos bons vídeos de Rob Bell e seu projeto Nooma.

Como corrigir o universo

O homem é mortal,
Pode muito bem ser verdade,
Porém morramos resistindo.
Se é o nada que nos aguarda,
Vivamos de modo que esse seja um destino injusto.

– Miguel de Unamuno, citando Senancour a seu próprio modo
em Do Sentimento Trágico da Vida

Fonte: Paulo Brabo, no indispensável A Bacia das Almas.

Duas escolhas (Max Lucado)

“Que farei então de Jesus, que se chama Cristo?” (Mateus 27:22).

Pilatos está certo em sua pergunta. “Que farei então de Jesus, que se chama Cristo?” Talvez você, como Pilatos, esteja curioso sobre este que se chama Jesus.

O que você faz com um homem que afirma ser Deus, mas odeia religião? O que você faz com um homem que se auto denomina o Salvador, mas condena sistemas? O que você faz com um homem que sabe o lugar e a hora de sua morte, mas vai até lá assim mesmo?…

Você tem duas escolhas.

Você pode rejeitá-lo. Essa é uma opção. Você pode, como muitos fizeram, chegar à conclusão de que a idéia de Deus tornar-se um carpinteiro é muito estranha – e sair.

Ou você pode aceitá-lo. Você pode fazer a jornada com ele. Você pode ouvir sua voz no meio de centenas de vozes e segui-lo.

“Duas escolhas” texto devocional de Max Lucado, publicado pelo site Irmãos.com (que reúne a maior parte dos textos do autor em português).

A ponte

Dios te bendiga

Abe Laboriel e Paul Jackson Jr., ao vivo, em Edimburgo.

Realização do homem, realização de Deus

Rui Luís Rodrigues é um pensador e eu o admiro. Não porque ele seja pastor da minha comunidade, mas porque sua capacidade de trazer a verdade à tona supera a resistência inicial que qualquer um tenha à sua mensagem indigesta. E encanta. A cada vez que o ouço anunciar as boas novas ou leio algumas de suas reflexões, encontro algo que tem espelho naquilo em que firmo a minha fé e esperança.

Agora o Rui escreveu um livro. E que livro! Ainda estou no começo da leitura, mas fico feliz em saber que posso ter e consultar um olhar muito particular do Reino que me amplia a visão.

Abaixo, segue a capa do livro “Realização do homem, realização de Deus” publicado este mês pela Editora Reflexão. Estou colando também o texto da contra-capa, caso queira mais detalhes.

Realização do homem, realização de Deus

Realização do homem, realização de Deus

A obra que você tem em mãos reúne os ensaios escritos pelo teólogo e historiador brasileiro Rui Luis Rodrigues. Convencido de que a principal tarefa da teologia cristã é a de construir pontes entre a fé e a cultura, o autor defende que sem o diálogo entre a igreja e as pessoas da presente geração, qualquer missão cristã pode ser considerada inviável. A teologia cristã não nasceu para ser exemplo consumado de irrelevância!

Realização do homem, realização de Deus é uma obra composta por artigos independentes mas, ao mesmo tempo, conectados. Apresenta a teologia cristã como exercício plenamente humano e reflexivo, valorizando as riquezas da Escritura, mas também da História.

A partir de duas intuições fundamentais, aquela que destaca a percepção de um Deus interessado em levar o ser humano à realização dos seus potenciais, e uma outra que procura identificar o impacto, sobre a igreja e a teologia, da modernidade e suas especificidades, o autor procura
demonstrar que a autêntica teologia, na condição de serva da igreja e serva de Deus, jamais será incompatível com a verdadeira espiritualidade.

Rui Luís Rodrigues

O autor é professor de Teologia Dogmática na Faculdade de Teologia Comunidade Carisma, em Osasco/SP. Graduado em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, ele atualmente realiza estudos de pós-graduação em nível de Doutorado em História Social na mesma Universidade.

C. S. Lewis

Fonte: Pavablog

Bom fim de semana.

Mais terrível é ter voz sem ter o que proclamar

Nos anos ’50 o famoso evangelista W.E. Sangster descobriu que tinha uma doença incurável, que causava atrofia muscular progressiva. Seus músculos iriam aos poucos atrofiar e ele perderia sua voz. Sangster se entregou ao máximo no seu trabalho de missões domésticas na Inglaterra.

Mas, aos poucos sua voz acabou por completo. Tremendo, ele ainda conseguia segurar uma caneta. Na manhã de seu último domingo de páscoa, poucas semanas antes de falecer, ele escreveu um recado para sua filha.

Na mensagem ele escreveu, “É terrível acordar no domingo de Páscoa sem voz para proclamar “Ele ressuscitou!”. Porém, mais terrível ainda seria ter uma voz e não ter nada para proclamar.”

Trecho do texto “O Verdadeiro São João”, de Dennis Downing publicado pelo site Iluminalma.com.br

Pensando na vida

Para pensar um pouco na vida.

“Onde estiver o seu tesouro, ali também estará o seu coração”
– Jesus Cristo

“Pois o homem é escravo daquilo que o domina”
Pedro, o apóstolo

Pensando bem, para pensar muito na vida.

Chesterton e o mistério

Enquanto se mantém o mistério se tem saúde; quando se destrói o mistério se cria a morbidez. O homem comum sempre foi sadio porque o homem comum sempre foi um místico. Ele aceitou a penumbra. Ele sempre teve um pé na terra e outro num país encantado. Ele sempre se manteve livre para duvidar de seus deuses; mas, ao contrário do agnóstico de hoje, livre também para acreditar neles. Ele sempre cuidou mais da verdade do que da coerência. Se via duas verdades que pareciam contradizer-se, ele tomava as duas juntamente com a contradição. Sua visão espiritual é estereoscópica, como a visão física: ele vê duas imagens simultâneas diferentes e, contudo, exerga muito melhor por isso mesmo.

Assim, ele sempre acreditou que existia isso que se chama de destino, mas também isso que se chama de livre-arbítrio. Assim, ele acreditava que as crianças eram de fato o reino dos céus, mas, apesar disso, deviam obedecer ao reino da terra. Ele admirava a juventude por ela ser jovem e a velhice por não o ser. É exatamente esse equilíbro de aparentes contradições que tem sido a causa de toda a vivacidade do homem sadio. Todo o segredo do misticismo é este: que o homem pode compreender tudo com a ajuda daquilo que não compreende. O lógico mórbido procura tornar lúcido e consegue tornar tudo misterioso. O místico permite que uma coisa seja mística, e todo o resto se torna lúcido.

G.K. Chesterton, “Ortodoxia”, Mundo Cristão, 2007.

Fonte: Livros só mudam pessoas, post de Thyago Coimbra.

Uma canção para a sexta-feira

Em quatro diferentes interpretações, Mahalia Jackson, Elvis Presley, Aretha Franklin e Yolanda Adams cantam o clássico hino Amazing Grace de John Newton. Eu fico na dúvida entre Mahalia e Yolanda…

O post de hoje é inspirado no filme de mesmo nome lançado este ano. No Brasil, não chegou a passar nos cinemas, mas já está nas locadoras com o título traduzido para Jornada pela Liberdade.

Bom fim de semana.

Se o mundo tivesse 100 pessoas…

Um breve vídeo para refletir (e fazer alguma coisa, pelamordeDeus…). Premiado em Cannes em 2001.

Me fez lembrar o texto de Mentor Muniz Neto, que publiquei aqui no ano passado: “Para salvar da fome quem já estava de barriga cheia”.

Crer na Igreja, apesar da igreja

Haverá com certeza muitas queixas e razões contra certos líderes e contra alguns modelos de ser e fazer igreja, mas isso não invalida que a Igreja continue a ser a expressão prática do reino de Deus na terra. Continuo a achar que a igreja, na sua expressão local e na sua multiplicidade de erros, contradições, amores e desamores é o meio privilegiado, que Deus escolheu, para o nosso crescimento espiritual. Continuo a crer que Cristo está a preparar e a santificar a “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” para a apresentar a si mesmo. Continuo a crer na Igreja, apesar da igreja.

Escrito e publicado hoje por Jorge Oliveira em seu Canto do Jó. Leia a íntegra aqui.

Hemingway e a escrita

Ernest Hemingway

Ernest Hemingway

“Quando um homem tem a habilidade de escrever e o desejo de escrever, não há crítico que possa causar danos a seu trabalho se este for bom, ou salvá-lo se for ruim”.

“No início da carreira, o autor obtém um enorme prazer com aquilo que escreve, e o leitor, nenhum. Passado um tempo, tanto o escritor quanto o leitor obtêm um prazer pequeno. Finalmente, se o escritor tiver realmente alguma qualidade, ele não obterá o mínimo prazer, e o prazer total caberá ao leitor”.

“Um livro sobre o qual você fala é um livro que você não escreve”.

“Não há temas contemporâneos. Os temas sempre foram o amor, a ausência deste, a morte e a fuga ocasional e temporária dela, a que damos o nome de vida, a imortalidade ou a mortalidade da alma, o dinheiro, a honra e a política”.

Frases do escritor Ernest Hemingway, em citações extraídas do blog Máquina de Escrever, no portal G1.

Aliás, vale dizer, seus romances são melhores do que as citações. Gosto especialmente de Verdade ao Amanhecer.

Uma música para a segunda-feira

Duas versões para a mesma música. Interpretações primorosas para a canção Hallelujah, de Leonard Cohen.

No primeiro vídeo, K. D. Lang e, mais abaixo, Jeff Buckley.

Boa semana!

O custo da religião

As pessoas não percebem o custo da religião. Pensam que a fé é um cobertor aconchegante, quando na verdade é uma cruz.

Flannery O’Connor

Fonte: Canto do Jó

Instantes eternos (Max Lucado)

NatGeo

“Trata com bondade o teu servo, Senhor, conforme a tua promessa”. Salmos 119:65

Instantes eternos. Você os teve. Nós todos os tivemos.

Compartilhar a balança da varanda em uma noite de verão com seu neto.

Ver o rosto dela no brilho de uma vela.

Colocar seu braço no do seu marido enquanto você passeia por folhas douradas e respira o ar fresco do outono.

Ouvir seu filho de seis anos agradecer a Deus por tudo desde o peixe-dourado até a vovó.

Tais momentos são necessários porque eles nos lembram que tudo está bem. O Rei ainda está no trono e a vida ainda merece ser vivida. Os instantes eternos nos lembram que o amor ainda é o maior bem e o futuro não é nada a temer.

Da próxima vez que um instante na sua vida começar a ser eterno, deixe que ele seja.

Texto de Max Lucado publicado no Irmaos.com

Abba!

Tudo começou quando Jesus me ensinou a invocar a Deus usando a expressão Abba. Os historiadores, Joachim Jeremias, por exemplo, afirmam que abba era a palavra do dialeto siro-ocidental aramaico que uma criança usava para se referir ao seu pai. O Talmud, comentário rabínico da Torah, diz que “quando uma criança saboreia o trigo, aprende a dizer abba e imma”, querendo dizer que “papai” e “mamãe” são as primeiras palavras de um pequeno recém-desmamado que está aprendendo a falar. Na verdade, a melhor tradução para abba seria “papa” ou mesmo “pa”, algo como o mero balbuciar, assim como para imma, seria “mama” ou simplesmente “ma”.

Trecho de “A oração de uma palavra só”, texto de Ed René Kivitz para a Cristianismo Hoje.

Donald Miller – Fé em Deus e pé na tábua

Through Painted Deserts

Through Painted Deserts

Quando termino de ler algum livro, é como se uma fase diferente terminasse em minha vida. Desde sempre foi assim, mas até hoje nunca havia me dado conta disso. Quando termino de ler algum livro de que gosto, eu preciso ainda de alguns dias para voltar à antiga realidade e assimilar as marcas – sutis ou profundas – que aquela experiência produziu em mim.

Li o primeiro livro de Donald Miller, “Fé em Deus e pé na tábua”, sem muito entusiasmo até a primeira metade – o que me fez demorar mais do que o normal para concluir a leitura. No começo, achei a história cheia de detalhes desnecessários e sem significado. Mas depois de narrada a experiência no Grand Cannion, comecei a me apegar ao livro. A partir dessa altura, o autor começa a detalhar suas reflexões e o ensaio vai tomando forma no contexto de sua história (dois amigos, ele e Paul, que resolvem deixar a vida no Texas e viajar em uma Kombi pelo interior dos Estados Unidos até chegar no Oregon), com tudo se ajeitando e as conclusões ficando mais claras.

Admito que ainda prefiro o segundo livro, “Como os pingüins me ajudaram a entender Deus”, que li no começo do ano passado (e é muito bom apesar do título que a editora deu para a versão em português) e está sendo adaptado para o cinema, numa parceria entre o próprio Miller e Steve Turner, autor de “Cristianismo Criativo?”.

Ultimamente, seus livros estão entre meus preferidos. Suas idéias não são novas, já as li em outros autores e, se consideradas apenas do ponto de vista teológico, não se aprofundam. Mas ele mesmo afirma que não quer falar de teologia, mas de um ponto de vista. E em seu ponto de vista e, muito mais, no estilo de escrita, Donald Miller é um grande autor. Seu texto tem a qualidade e o ritmo que poucos autores conseguem atualmente – e nenhum entre o que escrevem sobre espiritualidade. É o tipo de influência que os “artistas cristãos” (seja lá o que isso signifique exatamente) precisam em nossas igrejas.

No mais, resta torcer (e fazer alguma ‘pressão’) para que a Thomas Nelson, editora do escritor nos EUA com sede no Brasil, se habilite a publicar outros de seus livros em português (“To Own a Dragon”, “Searching for God knows what” e “A Million Miles in a Thousand Years” ainda não lançado nos EUA).

Aos interessados em materiais produzidos pelo escritor, recomendo o site oficial (www.donmillerwords.com), a revista eletrônica dirigida por ele (www.burnsidewriterscollective.com), seu blog (www.donmilleris.com) e, mais recente, o twitter (www.twitter.com/donmilleris).

Conseguindo, postarei por aqui alguns trechos que destaquei enquanto lia.

– LHM

O Paraíso é uma espécie de livraria

Jorge Luis Borges

Jorge Luis Borges

“Sempre imaginei que o Paraíso fosse uma espécie de livraria”

Jorge Luis Borges

A frase é antiga, mas nunca tinha colocado aqui. Me faz lembrar uma viagem que fiz a Buenos  Aires em 2007 e a livraria que visitei na ocasião – ver no post “Paraíso na Terra”.

Faz lembrar também outras quatro coisas importantes para postar aqui hoje:

1. Semana passada tivemos o dia internacional do livro. E para a ocasião, um excelente vídeo foi produzido pelo pessoal do blog Ler Devia Ser Proibido.

2. O site Trocando Livros tem feito um trabalho bem legal. Você se cadastra e escreve os livros que deseja trocar. Quando alguém solicita um livro seu, você envia pelo correio e ganha um crédito. Esse crédito te dá direito a pedir qualquer livro que outro usuário tenha cadastrado no site. Eu uso e recomendo.

3. A iniciativa do Sérgio Pavarini, do PavaBlog, em lançar o mob de leitura “Livros só mudam pessoas”. Além de um blog muito bacana sobre literatura, tem boas iniciativas, campanhas e distribuição de exemplares para os seguidores. Eles estão no Twitter (@livrosepessoas) também.

4. Bookcrossing. Expressão antiga para os meios digitais, mas muito pertinente para nossos tempos em que termos como sustentabilidade, crise e educação estão sempre em pauta.

É isso. Bom feriado a todos. Semana que vem espero que a loucura diminua um pouco e eu consiga voltar a postar crônicas por aqui.

LHM

As origens da Bíblia na internet

As origens da Bíblia na internet

Codex Sinaiticus, que contém partes da Bíblia, está disponível na internet.

http://www.codexsinaiticus.org

Um dos mais importantes livros da História acaba de chegar à internet. É o Codex Sinaiticus, uma obra escrita no século 4 e que contém partes do Antigo Testamento e a versão completa mais antiga que se conhece do Novo Testamento. Especialistas reuniram os vários trechos do livro, que estavam na Inglaterra, na Rússia, na Alemanha e no Egito. Os primeiros trechos, em inglês e alemão, entraram no ar em julho, e a versão integral estará disponível até 2009.

Fonte: Revista Aventuras na História

Coisas modernas?

Quando o todo se encontra em mau estado, é impossível que as partes se comportem bem. É da alma que vêm para o corpo todos os males e todos os bens. É pois da alma que é preciso cogitar, tratando-a antes de tudo. constitui erro hoje disseminado entre os homens, procurar curar separadamente a alma ou o corpo.
Platão

Fonte: citação impressa no rodapé do receituário do meu médico  :)

Da vida eterna

Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida,
somos os mais infelizes de todos os homens.
– Paulo, em 1 Coríntios 15:19

Três da tarde (Max Lucado)

O céu está em lágrimas. Ouve-se o balido de um cordeiro. Lembra a hora do grito? “Por volta das três horas da tarde, Jesus bradou em alta voz…” Três da tarde, hora do sacrifício no templo. Menos de uma milha a leste dali, um sacerdote ricamente vestido conduz um cordeiro ao sacrifício sem saber que seu trabalho é em vão. O céu não está olhando para o cordeiro dos homens, mas para “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (João 1:29)

Max Lucado

Fonte: devocional do Cristianismo Hoje

Frase: G. K. Chesterton

Uma das grandes desvantagens de termos pressa é o tempo que isso nos faz perder.

G. K. Chesterton

Citado por Francisco Madia em sua coluna no Propaganda & Marketing

Donald Miller – Três bênçãos

Fui criado acreditando que a qualidade da vida de um homem aumentaria muito não com a obtenção de status ou sucesso, não pela experiência da paixão ou por causa da prosperidade no trabalho ou na academia, mas com sua proximidade de Deus. Perturba-me saber que a vida cristã é simples assim. O evangelho – as boas novas – é algo simples, mas é o portão é o início da trilha. Resolver os conflitos da falta de fé é um trabalho duro. Deus deu três bênçãos ao homem: alimentá-lo como os pássaros, vesti-lo como as flores e ser seu amigo mais íntimo. Gente demais fica com as duas primeiras e ignora a terceira. Mais cedo ou mais tarde, você descobre que a vida é criada específica e brilhantemente para colocar o homem em ligação com o Senhor do Céu. É um esforço, com dores de parto e acidentes de percurso, mão cobertas de sangue e testa suada, a cabeça nas mãos, momentos de grane solidão e questionamento, momentos de dor e desejo. Tudo isso leva a Deus, imagino.

Donald Miller, “Fé em Deus e pé na tábua”, p. 130

Um recado para os adultos

Bom fim de semana a todos.

Calvin - Um recado para os adultos

Calvin - Um recado para os adultos

Fonte: Pavablog

O dinheiro pode ser santificado, quando ajuda a salvar pessoas

Se me dissessem que essa entrevista era o depoimento de um pastor ou líder religioso, eu não veria diferença. Mas o espanto (no bom sentido) é notar que tais declarações foram dadas por um dos poucos (dá para contar nos dedos) bilionários deste país – até o ano passado, figurava na lista de homens mais ricos do mundo publicada pela revista Forbes. Abaixo, estou copiando alguns trechos da entrevista que Elie Horn, dono da construtora Cyrela, concedeu à revista EXAME (edição que saiu ontem nas bancas).

Boa leitura e bom fim de semana.

Sobre a crise

Desde que a crise começou, já ouvi palestras e conversei com uns 100 especialistas. A verdade é que ninguém consegue prever nada. Para mim, é uma lição divina para a humanidade: “Fique mais quieto, não seja arrogante, seja mais humilde, não pense só no lucro”.

Não sabíamos com que intensidade nem com que rapidez, mas sabíamos que a tempestade chegaria. Quanto mais perto a crise chegava, mais eu me dedicava a entendê-la. Mas valeu a pena. Se amanhã ficar claro que erramos um pouco nas previsões, podemos até perder um pouco de participação de mercado. Mas é melhor perder mercado do que perder as calças.

Sobre erros

Errar é humano, perseverar no erro é diabólico. Se você repete um erro, você é burro.

Calo a boca, tento aprender com os erros e faço outra coisa. Estou acostumado a perder e seguir em frente. Se não for humilde, vou apanhar mais. O humilde sofre menos porque está acostumado a apanhar. Tive uma aula (de religião) muito boa ontem. O que é este mundo? Por que Deus o criou? A resposta é: teste. Sou testado o tempo todo como homem, pai, marido, empresário, construtor. O teste consiste em evoluir, cada um na sua profissão, e deixar o mundo um pouco melhor do que quando chegamos a ele. Deus criou o homem imperfeito de propósito, para que ele possa melhorar o mundo. Se você acerta mais do que erra, você já evoluiu. Se for o contrário, você é um desastre.

Sobre Deus e o dinheiro

Deus cria seres diferentes, com credos diferentes, para cada um, no fim, chegar a Ele à sua maneira. Acredito em Deus e na missão humana. Qual a minha missão nesta Terra? Primeiro, fazer o bem. Grande parte do meu patrimônio, não vou dizer quanto, irá para a caridade. Meu pai doou 100% do que tinha. Como isso dá um significado ao trabalho? Eu posso transformar o produto do trabalho em dinheiro e depois usar o dinheiro para ajudar pessoas menos favorecidas. O dinheiro pode ser santificado, quando ajuda a salvar pessoas.

Não. Estamos aqui com a missão de ligar o espiritual ao material. Na hora em que você ganhou um tostão e esse tostão ajuda a salvar uma criança, você santificou e dignificou o dinheiro fruto de seu trabalho. Nessa hora, tudo o que parece ser egoísta deixa de ser.

Parte da minha missão é fazer com que o homem se aproxime mais de Deus. Hoje ser crente está um pouco fora de moda, mas isso está errado. A gente não pode ter vergonha de acreditar em Deus. Se todos os homens fossem mais religiosos e respeitassem a ética e o bem, não haveria tanta violência no mundo, nem maldade nem pobreza. O que precisamos é fazer com que isso aconteça. Não é tão fácil, não é tão óbvio e não está na moda também. Mas essa é a nossa missão.